Neste novo zine, Ericles aprofunda uma escrita que aceita a variação como método. O pensamento aparece fragmentado, repetido, atravessado por ruídos e lampejos, como se cada poema fosse uma tentativa provisória de localização. Não há respostas definitivas: há movimentos, desvios e insistências. A linguagem se dobra e se expande, revelando que pensar também é errar o caminho, voltar, insistir — e, às vezes, habitar o intervalo.
Onde Mora o Pensamento sucede Limbo, primeiro zine do autor, lançado no início de 2025, e reafirma uma poética que se constrói no entre — entre o dizer e o calar, entre o que pesa e o que flutua. Pela Cleópatra Cartonera, o zine ganha corpo artesanal e pulsante, convidando o leitor a entrar nesse espaço de indagação contínua, onde a poesia não fixa o pensamento, mas o mantém em movimento.

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